14 / 06 / 2014
Animal símbolo da Copa ganha plano de
preservação da espécie
Com o início da Copa do Mundo no
Brasil, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
promove o Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação do Tatu-bola, mascote
oficial do evento. O PAN Tatu-bola tem como objetivo a redução do risco de
extinção do Tolypeutes tricinctus, o
tatu-bola-do-Nordeste, e a avaliação adequada do estado de conservação do Tolypeutes matacus, o tatu-bola-do-Centro-Oeste.
O
Tatu-bola faz parte de um grupo de 11 espécies de tatu existentes no Brasil e é
primo do tamanduá e das preguiças. As principais ameaças à sobrevivência,
principalmente, a caça predatória e destruição do habitat causadas pela
expansão da agropecuária, intensificada na última década.
Ele
ganhou esse nome pois tem três cintas móveis no dorso, que o permite fechar
completamente sua carapaça, formando uma bola. Esse é seu mecanismo de defesa
contra predadores naturais.
O
T. tricinctus, espécie exclusivamente brasileira, vive nos ambientes da
caatinga e cerrado e integra a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira
Ameaçadas de Extinção, classificada como ‘em perigo’, e a Lista Vermelha da
União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), na categoria
‘vulnerável’.
A meta do ICMBio, durante os cinco
anos de vigência do plano, é reduzir o risco de extinção do T. tricinctus, elevando-o, pelo menos, à categoria de
‘vulnerável’.
Já o T.
matacus habita o Pantanal e áreas vizinhas de cerrado, porém é
mais comum na Bolívia, Argentina e Paraguai. Com o PAN, esta espécie será
melhor estudada, uma vez que encontra-se na categoria Dados Insuficientes, por
falta de informações em sua área brasileira.
Para
atingir a meta, foi criado um Grupo de Assessoramento Estratégico e
estabelecidas 38 ações, em seis objetivos específicos: atualizar as áreas de
ocorrência das espécies de tatu-bola e avaliar suas principais ameaças;
mobilizar as comunidades locais e a sociedade em geral, sobre a importância da
proteção da espécie; ampliar o conhecimento sobre a biologia e a ecologia para
o direcionamento de estratégias de conservação; ampliar, qualificar e integrar
a fiscalização para coibir a caça; reduzir a perda de habitat nos próximos
cinco anos e promover a conectividade entre as populações do
tatu-bola-do-Nordeste.
Os
PANs são instrumentos de gestão para troca de experiências entre entidades com
o intuito de orientar as ações prioritárias para conservação da biodiversidade.
É uma ferramenta definida pelo governo a partir do Programa Pró-Espécie,
instituído em fevereiro deste ano, que busca minimizar ameaças e o risco de
extinção de espécies.
Existem,
no momento, 44 planos de conservação de espécies ameaçadas sendo implantados
pelo ICMBio em todas as regiões do Brasil, envolvendo 362 tipos de animais dos
biomas marinho, Caatinga, Cerrado, Amazônia, Pampa e Pantanal.
O
PAN Tatu-bola foi anunciado formalmente em 22 de maio, Dia Internacional da
Biodiversidade, junto a outras medidas do Ministério do Meio Ambiente para a
preservação de espécies ameaçadas, incluindo o tatu-bola. O pacote de ações de
proteção da fauna brasileira foi publicado no Diário Oficial da União.
A
elaboração do PAN Tatu-bola foi coordenada pelo ICMBio, com o apoio da
Associação Caatinga e do Grupo Especialista em Tatus, Preguiças e Tamanduás da
IUCN e colaboração de representantes de outras 15 instituições. O plano será
coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação do Cerrado e
Caatinga, com coordenação executiva da Associação Caatinga. (Fonte: Agência
Brasil).
Fonte: http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2014/06/14/106198-animal-simbolo-da-copa-ganha-plano-de-preservacao-da-especie.html
Excelente idéia essa de escolher o tatu-bola como o Mascote da nossa Copa do Mundo. Além de chamar a atenção de todos para o seu risco de extinção, possibilitou o estabelecimento de várias ações para a sua conservação. Gol de Placa dos idealizadores e de seus colaboradores!!!!!!!!
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