segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Biorremediação

Biorremediação

Baseia-se no processo de degradação microbiana e reações químicas combinadas com processos de engenharia, a fim de que os contaminantes sejam transformados, não oferecendo riscos ao ambiente e às populações que ali habitam.


Redação Ambiente Brasil  

Trata-se de um processo ou estratégia que busca destoxificar o solo ou outros ambientes contaminados fazendo uso de microorganismos (fungos, bactérias, etc) e de enzimas. Baseia-se no processo de degradação microbiana e reações químicas combinadas com processos de engenharia, a fim de que os contaminantes sejam transformados, não oferecendo riscos ao ambiente e às populações que ali habitam. Três aspectos devem ser considerados:
  • A existência de microorganismos com capacidade catabólica para degradar o contaminante.
  • O contaminante tem que estar disponível ou acessível ao ataque microbiano ou enzimático.
  • Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade do agente biorremediador.
Como todo ser vivo, os microorganismos necessitam de nutrientes para sua sobrevivência (nitrogênio, fosfato, carbono, energia e outros minerais). O carbono garante energia e matéria prima para que o microorganismo cresça e possa processar os hidrocarbonetos.
Existem dois tipos de biorremediação:
Biostimulation - que fornece nutrientes às populações de microorganismos, aumentando sua população, promovendo o crescimento e consequentemente o aumento da atividade metabólica na degradação de contaminantes.
Bioaugmentation - que introduz misturas específicas de microorganismos em um ambiente contaminado ou em um biorreator para iniciar o processo da biorremediação.
Conforme a quantidade de contaminante (alimento) exposto no meio, ele proporcionará ou não um aumento de microorganismos. Quanto mais ¨alimento¨ maior o número de microorganismos presentes. A medida que o contaminante é degradado, a população microbiana vai reduzindo alcançando o nível de estabilidade.
A seguir, vantagens da biorremediação sobre os métodos de remediação convencional em área degradada por contaminantes de petróleo:
  • Mais barato (biorremediação custa em torno de $200,00 e o bombeamento e o tratamento convencionais chegam a custar milhões de dólares).
  • Não utiliza água natural tratada, não se remove os compostos atóxicos da água, procedimentos necessários no tratamento convencional de superfície.
  • Não interfere nas operações que já estão sendo realizadas, podendo ser utilizado em locais de difícil acesso
  • Pode ser usada (in situ) em conjunto com o bombeamento (remediação convencional), reduzindo possibilidades de contaminação para os trabalhadores.
  •  Microorganismos agem na redução dos contaminantes de petróleo transformando-os em subprodutos menos nocivos ao meio.
Porém, a biorremediação apresenta algumas limitações como por exemplo:
  • Não é uma solução imediata.
  • Os locais a serem tratados devem estar preparados para suportar a ação dos microorganismos.
 Por fim, para cada tipo de contaminante, indicam-se espécies diferentes de microorganismos para o processo de biorremediação.
 Contaminante  Espécie utilizada
 Anéis aromáticos Pseudomonas, Achromobacter, Bacillus, Arthrobacter, Penicillum, Aspergillus, Fusarium, Phanerocheate
 Cádmio Staphlococcus, Bacillus, Pseudomonas, Citrobacter, Klebsiella, Rhodococcus
 Cobre Escherichia, Pseudomonas
 Cromo Alcaligenes, Pseudomonas
 Enxofre Thiobacillus
 Petróleo Pseudomonas, Proteus, Bacillus, Penicillum, Cunninghamella
 Assinada e publicada em outubro de 2002, a Resolução 314 do Conama, visa disciplinar o registro de produtos com a finalidade de biorremediar solos afetados por vazamentos de petróleo e seus derivados, sendo esta uma opção viável.
Seus benefícios, desde que utilizados de forma correta, recuperam ecossistemas contaminados, auxiliam no tratamento de resíduos e efluentes, bem como, na desobstrução e limpeza de dutos e equipamentos. Já, se utilizado de forma inadequada ou não sendo observados suas peculiaridades pode desequilibrar o ecossistema e danificar o meio ambiente.
Esta Resolução estabelece que os remediadores devem ser registrados no IBAMA, para que possam ser produzidos, importados, comercializados e utilizados, ficando dispensados de registro àqueles que se destinam a pesquisa e experimento necessitando da aprovação do órgão.
Entende-se por produto remediador, àquele constituído ou não por microrganismos destinados à recuperação de ambientes e ecossistemas contaminados além das outras utilizações previstas na Resolução.
Não se aplicam as disposições da Resolução aos equipamentos e materiais de recuperação mecânicos ou térmicos essencialmente, havendo exceção em caso de consórcio com os mencionados remediadores.
Em caso de venda ou exposição, tais produtos devem, obrigatoriamente, exibir rótulos, bulas ou folhetos explicativos sobre sua utilização.
Para os produtores, importadores e/ou comercializadores, estabelece-se dar ciência das atividades aos IBAMA.
Em caso de não cumprimento, o infrator sujeitar-se-á as penas previstas em legislação pertinente.
 Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/artigo_agropecuario/biorremediacao.html

A Importância de Estudar o Solo

A Importância de Estudar o Solo

A população em geral desconhece a importância do solo, o que contribui para ampliar processos que levam à sua alteração e degradação. 

O solo é um componente fundamental do ecossistema terrestre pois, além de ser o principal substrato utilizado pelas plantas para o seu crescimento e disseminação, fornecendo água, ar e nutrientes, exerce, também, multiplicidade de funções como regulação da distribuição, escoamento e infiltração da água da chuva e de irrigação, armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas e outros elementos, ação filtrante e protetora da qualidade da água e do ar.
Como recurso natural dinâmico, o solo é passível de ser degradado em função do uso inadequado pelo homem, condição em que o desempenho de suas funções básicas fica severamente prejudicado, o que acarreta interferências negativas no equilíbrio ambiental, diminuindo drasticamente a qualidade vida nos ecossistemas, principalmente naqueles que sofrem mais diretamente a interferência humana como os sistemas agrícolas e urbanos.
O estudo científico do solo, a aquisição e disseminação de informações do papel que o mesmo exerce na natureza e sua importância na vida do homem, são condições primordiais para sua proteção e conservação, e uma garantia da manutenção de meio ambiente sadio e auto-sustentável.
No entanto, o espaço dedicado a este componente do sistema natural é freqüentemente nulo ou relegado a um plano menor nos conteúdos de ensino fundamental e médio, tanto na área urbana como rural.
A população em geral desconhece a importância do solo, o que contribui para ampliar processos que levam à sua alteração e degradação.
Vários estudos mostram que há uma grande lacuna no ensino de solos nos níveis fundamental e médio. O conteúdo "solo" existente nos materiais didáticos, normalmente está em desacordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e, freqüentemente, encontra-se desatualizado, incorreto ou fora da realidade brasileira.
Este conteúdo é ministrado de forma estanque, apenas levantando aspectos morfológicos do solo, sem relacionar com a utilidade prática ou cotidiana desta informação, causando desinteresse tanto ao aluno quanto ao professor.
 Objetivos do Projeto Solo na Escola
a) Desenvolver material didático sobre solos para o ensino fundamental e médio;
b) Capacitar professores do ensino fundamental e médio a compreender e ensinar o tema solos;
c) Criar mecanismos que permitam e incentivem a visitação de escolares e professores à universidade para ampliar o conhecimento de solos. Equipe do Projeto Prof. Dr. Valmiqui Costa Lima, Prof. Dr. Vander de Freitas Melo, Prof. Dr. Luiz Cláudio de Paula Souza, Prof. M.Sc. Angelo Evaristo Sirtoli, Prof. M.Sc. Marcelo Ricardo de Lima. Alunos monitores, bolsistas e estagiários do Setor de Ciências Agrárias, UFPR.
 Atividades do Projeto
a) Organização de um Museu Didático de Solos;
b) Realização de cursos de extensão universitária;
c) Produção de material didático para ensino fundamental e médio;
d) Disponibilização de informações sobre solos através da Internet.
 Solicitação de Informações sobre este Projeto deve ser encaminhda para:
Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Agrárias Departamento de Solos e Eng. Agrícola - Projeto Solo na Escola
Rua dos Funcionários, 1540 - Bairro Juvevê CEP 80035-050 - Curitiba - PR
Telefone: (41) 350 5649
E-mail: escola@agrarias.ufpr.br
Site: www.agrarias.ufpr.br/~escola
Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/programas_e_projetos/a_importancia_de_estudar_o_solo.html 

Justiça prorroga prazo para Samarco pagar indenização por danos socioambientais

Justiça prorroga prazo para Samarco pagar indenização por danos socioambientais

O desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, estendeu em 15 dias o prazo para o depósito da primeira parcela da indenização a ser paga pela Samarco e suas controladoras, a Vale e a BHP Billiton, pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). O prazo final para o pagamento, previsto na ação civil pública ajuizada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no final de novembro, vencia nesta quarta-feira (20). A decisão do adiamento foi proferida na noite de terça-feira (19).
Em 18 de dezembro, a Justiça havia determinado que o primeiro depósito de R$ 2 bilhões devia acontecer em um prazo de 30 dias. A decisão era uma resposta a um dos pedidos feitos pela AGU na ação em que pede pelo menos R$ 20 bilhões para reparação dos estragos socioambientais decorrentes da tragédia. Segundo a AGU, o objetivo é usar os recursos em ações de contenção dos impactos, para revitalizar a bacia do Rio Doce e indenizar as pessoas afetadas pelo desastre.
Nesta terça-feira, após reunião em Belo Horizonte com representantes das empresas envolvidas no caso, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse que a intenção é concluir um acordo para recuperação dos danos até o fim de janeiro. Uma nova reunião está prevista para amanhã (21) em Brasília.
Em nota, a mineradora Samarco e suas acionistas informaram que durante a reunião foram definidos grupos de trabalho com representantes de órgãos ambientais para atuação imediata e que as empresas “estão trabalhando com as autoridades federais e estaduais em um acordo voltado para a continuidade das ações de remediação aos impactos socioambientais decorrentes do rompimento da barragem”.

Ação civil pública
 – O valor de R$ 20 bilhões foi estimado pela Advocacia-Geral da União, em parceria com os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, com base em laudos técnicos elaborados por órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Agência Nacional de Águas (ANA). A AGU informa que o valor “ainda é preliminar” e pode aumentar ao longo do processo judicial, pois os danos causados pelo rompimento da barragem ainda estão sendo calculados.
No dia 5 de novembro, o rompimento da Barragem de Fundão derramou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração no Rio Doce. O episódio causou a morte de 17 pessoas, deixou dois desaparecidos, destruiu e prejudicou o abastecimento de água em diversos municípios e continua causando impactos ambientais graves no rio e no oceano. (Fonte: Agência Brasil)

Misteriosa ‘couve-flor’ mineral pode ser novo indício de vida em Marte

Misteriosa ‘couve-flor’ mineral pode ser novo indício de vida em Marte

Uma misteriosa ‘couve-flor’ mineral pode ser a mais nova pista para a busca de vida em Marte. De acordo com os cientistas Steven Ruff e Jack Farmer, da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos, o estranho formato de um material chamado sílica opalina, encontrado na cratera marciana Gusev, pode indicar atividade microbiana no planeta. Se a ideia dos pesquisadores puder ser verificada, esse pode ser um forte indício de vida em Marte, talvez o mais significativo até o momento.
“Devemos ter cautela, pois esta ainda é uma proposta. Até hoje, todos os sinais já encontrados em Marte puderam ser explicados por reações não biológicas e, por isso, nenhuma das descobertas serviu como confirmação inequívoca de vida em Marte” afirma o professor do Instituto de Química da USP, Fabio Rodrigues.
Novas pistas – Em 2008, o robô Spirit da Nasa, descobriu os depósitos de sílica opalina no interior da cratera Gusev, em Marte. O material não chamaria a atenção dos pesquisadores se não tivesse um formato incomum: suas camadas exteriores são cobertas de nódulos minúsculos, como pequenas pontas de um couve-flor. A região da cratera é conhecida pelos astrônomos como um local que pode ter sido cheio de fontes termais e gêiseres que, com o passar dos anos, se tornou árido, seco e desprovido de quaisquer sinais de atividade biológica.
Com a ideia de que esse minério pudesse ter sido “esculpido” por microrganismos, Ruff foi até o deserto do Atacama, no Chile, região considerada a mais seca da Terra e a que os cientistas costumam comparar com a superfície marciana. O solo é semelhante e as radiações ultravioletas que atingem a superfície também imitam as radiações recebidas pelas rochas marcianas. Apesar de Marte não ter a atmosfera repleta de oxigênio, como o Atacama, nem os animais que passeiam pelo local, os pesquisadores acreditam que esse deserto seja uma boa “área de testes” para descobrir como era Marte em seu passado mais quente e úmido. Assim, quando os cientistas encontram algo ali que seja parecido a um evento marciano, é plausível concluir que os dois fenômenos podem ter sido formados da mesma maneira.
Nesse local, no gêiser de El Tato, Ruff encontrou fósseis de sílica muito similares aos identificados em Marte. Essas mesmas formações foram vistas no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, e em Taupo, na Nova Zelândia, regiões com muitos gêiseres. Nesses últimos, a sílica guarda vestígios fossilizados de atividades microbianas – são elas que dão ao mineral a aparência de couve-flor. Se microrganismos ajudaram a criar as formações americanas e neozelandesas, provavelmente também poderiam estar envolvidos nos fósseis do Chile e, provavelmente, de Marte. Foi essa ideia que Ruff e Farmer apresentaram no último encontro da American Geophysical Union, em dezembro do ano passado, incentivando a investigação dos minúsculos fósseis pela comunidade astronômica.
Vida marciana – “O que os cientistas viram foi um mineral de sílica, mas que não tinha a forma normalmente assumida por esse material. O importante não é o formato da couve-flor em si, mas a diferença entre uma formação puramente abiótica (não relacionada à vida) e uma que seria mediada por microrganismos”, diz Rodrigues. “Precisamos de mais estudo para mostrar que a formação desse mineral não tem nada a ver com atividades não biológicas. Só depois poderemos afirmar que ele é um indicativo de vida.”
Por enquanto, Ruff e Farmer estão chamando a atenção dos astrônomos para estudar a fundo as estranhas formações marcianas de sílica opalina. A dupla planeja pesquisar a fundo os fósseis encontrados no Atacama, verificar se são gerados por atividade biológica e, se forem, o próximo passo é descobrir que tipo de microrganismo seria esse – e qual sua possível relação com Marte. (Fonte: Veja.com)

Bolsa Verde ajuda a proteger ararinhas-azuis

Bolsa Verde ajuda a proteger ararinhas-azuis

A nona reunião do Comitê Gestor do Programa Bolsa Verde, realizou na manhã de sexta-feira (29/1), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, aprovou a criação de um Grupo de Trabalho (GT) para estudar a proposta de incluir no Programa famílias em condições de extrema pobreza e que moram em áreas habitadas por animais ameaçados de extinção.
“Entre as áreas que o MMA pretende ter famílias beneficiadas está de Curaçá, onde será feita a soltura de ararinhas-azuis”, revela a diretora do Departamento de Extrativismo do Ministério, Juliana Simões. Ela se refere ao município localizado na região norte da Bahia, local onde o MMA criará uma área de preservação.
Liberdade - Naquela parte da Caatinga, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) iniciará uma fase de testes a partir de 2017. O objetivo é preparar o terreno e educar ambientalmente a população local para a soltura de aves. Até 2021, um grupo de 150 ararinhas-azuis passará a viver ali em liberdade, numa área de preservação a ser criada.
Curaçá é o local de origem das ararinhas-azuis e não tem mais exemplares soltos na natureza. A extinção se deu por conta de capturas ilegais, especialmente por causa do tráfico ilícito de animais silvestres. As aves a serem reintroduzidas em seu ambiente natural nasceram ou foram resgatadas de cativeiros.
Responsabilidade – A reintrodução dos animais no meio ambiente é iniciativa do Projeto Ararinha na Natureza, desenvolvido pelo ICMBio, órgão vinculado ao MMA, em parceria com a ONG alemã Associação para Conservação de Papagaios em Extinção (ACTP) e o Al Wabra Wildlife Preservation (AWWP), um criadouro particular localizado no deserto do Catar, entre outros parceiros.
“O objetivo de inserirmos essas famílias no Bolsa Verde é torná-las parceiras na proteção dos animais ameaçados de extinção. É bom lembrar que o Bolsa Verde significa benefício, mas, também, responsabilidade com o meio ambiente”, acentua Juliana Simões.
A portaria de criação do GT deverá ser publicada em fevereiro, com os detalhes sobre o seu funcionamento. O grupo será constituído por representantes dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Agrário (MDA), e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), além do ICMBio e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Como funciona – O Programa de Apoio à Conservação Ambiental Bolsa Verde foi lançado em setembro de 2011. O propósito é repassar, a cada trimestre, R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza e que vivem em áreas consideradas prioritárias para conservação ambiental.
O benefício é concedido por um período de dois anos, com possibilidade de renovação. O objetivo é aliar o aumento de renda dessas populações à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais. (Fonte: MMA)